O Batismo Cristão
ID
bbre020
Idioma
PT
Duração total
00:45:17
Quantidade
1
Passagens bíblicas
Mt 28:19-20; Mc 16:16; Rm 6:1-5; Gl 3:26; Cl 2:11-12; At 2:41; At 8:36-39; At 16:33-34; At 22:16
Descrição
O batismo cristão - uma ordenança do próprio Senhor Jesus. A instituição, o ensino ou a doutrina a respeito dele e a prática. Nós, que somos salvos, temos a incumbência de fazer discípulos. O batismo não tem um significado único, mas engloba vários aspectos - desde a colocação de uma pessoa no âmbito cristãos até o ter morrido com Cristo, sepultado com Ele, ressuscitado com Ele para andarmos em novidade de vida.
Transcrição automática:
…
Vamos cantar o livro dois, oito e um.
A ferida de manhã, me pecando e avisando, Já me deu as almas do amor e as reforços.
O pecado e a minério com o Seu braço milparel, O Traitor divino sofrer, eu te expulso.
Eu te expulso, eu te expulso, O pecado e a minério com o Seu braço milparel,
Na miséria me expulso com o Seu sangue e amor, Com o Seu condomínio estou, meu Jesus.
Eu me manjo a caminhar longe do Valdeboa, E tentei o procurar, meu Jesus.
Hoje em vez de mais fugir, quero o povo Seu seguir, E a nova progressão sentir, meu Jesus.
Meu Jesus, Amém, Jesus, Confiscou os reis em nome de Jesus.
Na miséria me expulso com o Seu sangue e amor, Com o Seu condomínio estou, meu Jesus.
Bom dia a todos. No hino que acabamos de cantar, nós cantamos a respeito da salvação,
a respeito do pecado do qual o Senhor nos tirou e na terceira estrofe também cantamos que agora
queremos com o Seu seguir a Ele, com a proteção do Senhor Jesus.
Temos conhecimento que há pelo menos uma pessoa que está aventando no seu coração o desejo de ser batizado
e isso tem justamente a ver com seguir após o Senhor Jesus.
E talvez seja interessante a gente se recordar um pouco do significado do batismo,
daquilo que a escritura nos diz a respeito.
E de repente também há outras pessoas que também se sintam tocadas,
caso ainda não tenham tomado esse passo.
Eu gostaria de iniciar no primeiro dos evangelhos, Mateus capítulo 28,
e com certeza uma hora não é suficiente para abordar em todos os detalhes esse tema,
ele é um tema bastante amplo, envolve bastante coisa,
então algumas coisas só podemos dar uma pincelada por cima.
Quando falamos a respeito do batismo, então nós nos recordamos que nas escrituras,
no Novo Testamento, para a nossa época cristã, para a época da graça,
nós temos dados pelo próprio Senhor Jesus dois sinais visíveis, materiais,
sinais tocáveis de certa maneira.
Um, nós temos tido diante de nós hoje de manhã o partir do pão.
É uma das pouquíssimas coisas no cristianismo que nós podemos ver, observar, tocar, até mesmo tomar e comer.
E o batismo é um dos outros poucos sinais visíveis.
Que a pessoa experimenta fisicamente.
Temos ainda outros mais, como por exemplo a cobertura das irmãs, mas ela não quero abordar agora.
Quando vemos esses dois sinais, o partir do pão, composto por cálice e pão, ou pão e cálice,
e por outro lado o batismo, então esses dois sinais visíveis, eles têm algo em comum.
Eles ambos falam da morte do Senhor Jesus.
Ambos esses sinais, eles nos lembram de certa forma da entrega do Senhor Jesus para nos dar a vida.
O batismo, isso nós veremos depois com mais detalhes, com os versículos e passagens,
ele nos fala de identificação com Cristo, com o Senhor Jesus, em sua morte, entre outras coisas,
e também em sua ressurreição.
E o partir do pão, ele mais nos lembra apenas do aspecto da entrega do Senhor Jesus para nos adquirir a vida.
São sinais de ordem exterior que nós temos, e nenhum, nem outro, tem algum poder místico.
Nem o partir do pão nos confere alguma coisa, menos ainda a salvação, como alguns ensinam.
Infelizmente até pessoas como Martinho Lutero, que colocou bem alto, só pela graça, no fim da vida,
ele começou a ensinar que o partir do pão confere a vida ao cristão, a vida eterna.
Inclusive tem um livro dele sobre isso.
É uma coisa triste, na verdade, porque aquilo que ensinou no início realmente é a verdade da palavra de Deus.
A salvação da qual cantamos, esse livramento do pecado é somente pela graça de Deus, pela fé em Jesus Cristo.
Nem o partir do pão e nem o batismo nos garantem, portanto, um lugar no céu.
Não é porque alguém toma parte no partir do pão, ou por alguém ter sido batizado com o batismo cristão,
isso não garante que essa pessoa tenha um lugar, de fato, no céu.
Tem consequências práticas na vida, sim, mas não é algo para a eternidade.
E ambos esses sinais têm um significado espiritual, que já devemos ter percebido.
Mas também há diferenças entre um e outro.
O batismo é um ato único, acontece uma vez na vida de um salvo, de um cristão.
Já o partir do pão é algo que é repetitivo, fazemos todos os domingos, todos os primeiros dias da semana.
E o batismo tem a ver com o caminho pessoal, individual do crente, não com o caminho coletivo.
Já o partir do pão é um sinal que tem a ver, sim, com o caminho coletivo do crente.
Ele tem um lado pessoal, mas não é possível partirmos do pão sozinhos, por exemplo, ou a distância com alguém.
Precisa de, pelo menos, dois.
Mateus 18, 20, o Senhor Jesus mesmo estabelece esse número, dois ou três estão reunidos ao nome dele.
E esses dois ou três podem fazer isso.
E agora vamos ler aqui em Mateus capítulo 28, os últimos dois versículos, onde o Senhor Jesus está falando aos discípulos.
Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado.
E eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos. Amém.
Nós temos o batismo mencionado nos Evangelhos, no Livro de Atos e nas Epístolas.
Não lembro, eu acredito que não em Apocalipse.
Os Evangelhos, eles nos mostram o significado fundamental do batismo.
O Senhor Jesus falando sobre isso, já as Epístolas nos mostram mais o aspecto doutrinário, nos ensinam sobre o batismo,
ampliam esse significado fundamental mostrado nos Evangelhos e entram em mais detalhes.
E o Livro de Atos, como de praxe, nos mostra a prática dessas coisas.
No Livro de Atos, nós vemos como o batismo foi praticado pelos cristãos.
O que aprendemos nesses dois versículos aqui de Mateus 28?
Primeiramente, o Senhor Jesus está dando uma ordem aos doze aqui, e com isso também a nós, de irmos.
Irmos para quê?
Fazer discípulos de todas as nações.
Vemos aqui, primeiramente, a amplitude também de fazer discípulos.
O Evangelho da Graça não se restringe mais a um povo, não se restringe, como temos lido hoje de manhã,
as nações no reino milenar, mas sim é para todos, para todas as nações.
Isso é graça de Deus.
Não era assim no Antigo Testamento.
Um discípulo, já ouvimos isso muitas vezes, e não estou dizendo em nenhum desses momentos algo que é novo para nós,
é uma recordação.
Um discípulo é um aluno, um aprendiz, um seguidor do Senhor Jesus.
Ou também de outras pessoas.
Lembramos, João Batista tinha discípulos, porque eram alunos dele, eram seguidores dele.
Então essa palavra em si, simplesmente significa isso.
Um aluno é alguém que está aprendendo, alguém que segue após um mestre,
e é, de certa forma, uma relação terrena.
Não seremos mais discípulos no céu, discípulos nós somos aqui, durante a nossa caminhada nessa terra.
Em relação ao nosso mestre, que é o Senhor Jesus, que também andou por aqui,
mas agora está à destra de Deus, e a partir daí nos ensina de diversas formas,
por meio da sua palavra, por meio de seus servos, por meio dos dons na igreja, etc.
E se manifestam também de diversas formas.
Quando lembramos da palavra cristão, não é mencionado aqui ainda,
nós sabemos que pela primeira vez os discípulos foram chamados de cristãos lá em Antioquia, no Livro de Atos.
Então isso nos remete ao fato de que esse discípulo, esse aprendiz, esse seguidor de Cristo,
ele é um imitador de Cristo, um imitador de seu mestre.
Além de sermos discípulos e cristãos, também temos a relação de filhos de Deus.
Nós temos uma relação, além, terrestre, eterna com Deus, o Pai.
Nunca deixaremos de ser filhos de Deus.
Isso é algo para todos sempre.
Essa relação não acaba, não termina.
É uma relação eterna e que tem uma origem celestial e tem uma orientação celestial.
Como discípulos, temos uma orientação olhando para Cristo, mas voltado para essa terra.
Enquanto como filhos de Deus, o nosso objetivo, a nossa orientação é celestial.
E a relação de discípulo e também de cristão termina quando deixaremos essa terra.
Ou por meio da morte ou por meio do arrebatamento.
Já a relação de filhos de Deus continua eternamente.
O discipulado, o fazer discípulos, é algo que independe totalmente da questão do novo nascimento ou da salvação.
Não é por meio do fazer discípulos que aquela pessoa se torna um salvo.
Ao contrário, deveria ser um salvo primeiro para então ser discipulado,
para então ser ensinado como um aluno do Senhor Jesus, também não de homens.
Fazer, portanto, discípulos é uma confissão que a pessoa dá.
Eu agora sou um discípulo.
É uma confissão, uma profissão de boca que pode ser tanto genuína como também não.
Pode ser uma confissão falsa.
E nós temos um bom exemplo nos evangelhos, embora ainda antes da época do cristianismo, de um dos doze.
Isso me chamou, inclusive, a atenção hoje de manhã na leitura que, se não me engano, foi o irmão Ari que fez, de Mateus capítulo 26.
Onde simplesmente diz que o Senhor Jesus se reuniu com os doze.
E apenas depois, quando Judas, segundo um outro evangelho, saiu, eles de novo são chamados de discípulos.
O Senhor Jesus sabia exatamente quem deles era verdadeiro e quem não.
Então, uma confissão de ser discípulo pode ser genuína, como no caso dos onze, ou pode ser falsa, como no caso de Judas.
E isso nós temos hoje também na cristandade.
O Judas Viscariotes, então, é um desses exemplos.
E esse discípulo, esse aluno, ele segue a Cristo, mas ele segue a um Cristo que foi aqui rejeitado.
Ele segue aquele Jesus de Nazaré que ninguém queria, que as pessoas desprezavam.
E dessa maneira, o batismo, então, o discipulado, tem a ver com o reino de Deus na sua atual forma de reino dos céus, onde o rei está ausente e nós estamos aqui na terra.
E por isso, alguns irmãos também dizem que o batismo é como se fosse uma porta de entrada ao cristianismo, uma porta de entrada ao reino dos céus, enquanto estivermos aqui.
Então, o batismo muda a posição de uma pessoa, mas somente quanto à terra, não quanto ao céu.
Alguém que é batizado com o batismo cristão, ele é tirado, vamos dizer assim, do âmbito pagão e colocado no âmbito do cristianismo.
Não quer dizer que necessariamente, como falei antes, ele é um cristão genuíno, mas ele está colocado agora nessa esfera, nesse âmbito do cristianismo.
E, portanto, também responsável, diante de Deus, de fazer jus a essa posição em que ele se encontra, mesmo que ele foi batizado como criança pequena.
E isso é bastante sério nisso.
A pessoa nem entendeu o que aconteceu com ela, embora, e por isso, as grandes igrejas que batizam como criança pequena, depois de alguns anos, fazem um novo curso para explicar aquilo que aconteceu lá.
E, no mínimo, a partir daquele momento, a pessoa é responsável.
Porque, por mais que ela não receba muita instrução, alguma, está recebendo a respeito dessa posição de cristão em que se encontra.
Mas, repetindo de novo, não muda a nossa posição, a posição do ser humano, quanto ao céu.
E, por isso, é preciso também que esse discípulo, esse aluno, receba ensino.
Fazer discípulos de todas as nações, e isso acontece como o versículo 19 explica, com a forma do gerúndio aqui, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Dessa maneira, por meio do batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, a pessoa está sendo colocada na posição de um discípulo, de um aluno.
E, depois, tem outro passo a ser feito com essa mesma pessoa.
Faz parte desse fazer discípulos.
O primeiro aspecto é batizando-os.
Segundo, ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado.
O ensino nas verdades bíblicas, de forma mais ampla, podemos dizer também.
E aí, o Senhor Jesus ainda nos faz essa maravilhosa promessa que ele estaria conosco todos os dias até a consumação do século.
Muito bem, batizando-os em nome de quê?
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Essa, como dizem na cristandade, a fórmula do batismo, dessa forma completa, só encontramos aqui.
Quando olharmos no Livro de Atos, tem lá, por exemplo, alguns que foram batizados em nome de Jesus.
Mas essa não é a forma completa de fazermos isso hoje.
Não seria errado, mas o motivo pelo qual aquelas pessoas lá no Livro de Atos foram batizadas em nome de Jesus,
era um motivo muito específico.
Eram pessoas que conheciam apenas um outro tipo de batismo.
Eles conheciam o batismo de João, que era um batismo de arrependimento para arrependimento, ainda dentro de um contexto judaico.
Não era um batismo cristão.
Então, eles foram batizados no batismo de João e isso envolvia também a identificação com o Deus de Israel.
Talvez até com o Messias, mas não com o Jesus rejeitado de Nazaré.
E essas pessoas tinham que, para serem discípulos do Senhor Jesus, enquanto aqui na época da graça,
eles tinham que reconhecer, além de Deus, eu reconheço esse Jesus, esse rejeitado, aquele que ninguém queria.
Com ele me identifico.
Era fácil de se identificar com o Deus de Israel, mas era difícil de se identificar com esse Jesus rejeitado.
E esse foi o motivo lá no livro de Atos, porque lá o batismo acontecia apenas, em essa uma ocasião pelo menos, em nome de Jesus.
Era algo que faltava para aquelas pessoas.
Aqui nós temos a versão completa, que se aplica a todo ser humano, inclusive, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Quando pensarmos em Deus como Pai, nós pensamos nele como a origem de alguma coisa.
Até mesmo do povo de Israel.
E dessa forma, os judeus também conheciam Deus como Pai.
Mas não tinham uma relação de Pai-Filho, como nós temos hoje.
Então, quando somos batizados em nome do Pai, nós reconhecemos também que nós temos aquele Deus como o nosso Pai pessoal.
E temos agora uma relação com ele, que somos filhos de Deus.
Também, em nome do Filho, isso era principalmente importante para um judeu, mas também é importante para um pagão.
Ele precisa reconhecer que, além de Deus Pai, existe Deus Filho.
O Senhor Jesus, que fez a obra na cruz para nos salvar.
Com ele, nos identificamos.
E também, há o Espírito Santo, que está operando no crente, no salvo, que habita no salvo, que é o selo também do salvo.
E que nos ensina em todas as verdades que dizem respeito ao Pai e ao Filho.
Sem o Espírito Santo, isso seria impossível.
Por isso, o batismo em nome de toda a trindade, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A próxima passagem que podemos dar uma olhada está em Marcos capítulo 16.
Nós vemos ali em Mateus os significados básicos do batismo de um discípulo.
Aprendemos já algumas coisas a respeito disso.
E isso acontece, como temos visto lá, por meio do batismo.
Não é um automatismo alguém se tornar um discípulo quando ele é salvo.
Ele precisa ser batizado para ser um discípulo.
E também ser ensinado.
Agora em Marcos capítulo 16, versículos 15 e 16, nós temos essa mesma ocasião.
O Senhor Jesus dizendo a eles de novo,
Ide por todo mundo, pregai o Evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.
Quando lemos esse versículo assim, de forma esporádica, por cima,
sem prestar muita atenção, nós poderíamos chegar à conclusão,
bom, então, para eu ser salvo, eu preciso crer e ser batizado.
Mas temos que ler o versículo na íntegra, porque ele continua.
Mas quem não crer será condenado.
Então fica claro que nesse versículo a salvação não pode ser a salvação eterna.
Por quê?
Porque a condenação eterna, segundo a segunda metade desse versículo,
se dá apenas pelo não crer.
Então necessariamente a salvação eterna se dá apenas pelo crer.
Então que tipo de salvação que temos aqui?
Salvação, na Bíblia e também no Novo Testamento, tem vários significados.
Temos a salvação eterna da alma.
Essa é pelo crer.
Muitos versículos, muitas passagens nos mostram que é pela fé,
e que até mesmo essa fé é um dom de Deus.
Ela não vem de nós mesmos.
Um outro tipo de salvação é quando o Senhor Jesus nos tira desse mundo.
Por exemplo, no arrebatamento.
Nós seremos salvos, libertos, livrados do âmbito do mundo no qual vivemos agora,
rodeado pelo pecado.
Isso não haverá mais.
É um outro tipo de salvação.
Mas também há um tipo de salvação que está talvez um pouco mais próximo do nosso dia a dia,
que é justamente o livramento nas situações do dia a dia.
Também de situações em que estamos em perigo de cair em pecado.
Não apenas passei na frente de um carro na rua e o Senhor me livrou.
É um tipo de livramento.
Também nos encontramos em situações espirituais nessa vida cristã,
onde estamos em iminência de cairmos no pecado.
E nessas situações, a lembrança do batismo,
onde nós confessamos justamente a nossa identificação com o Cristo rejeitado,
onde nós estamos expressando que nós fomos salvos por ele,
para seguirmos após ele e não mais após Satanás e o pecado,
isso pode nos salvar, livrar nessas situações.
É óbvio que é necessário para isso também termos um ouvido
para aquilo que o Espírito Santo nos diz nessas situações.
Se a gente fecha o ouvido e anda simplesmente o próprio caminho,
ele não vai nos salvar.
Ele vai deixar a gente cair.
E talvez levantar depois.
Muito bem.
Então, essa passagem em Marcos 16 não nos mostra
que o batismo é necessário para a salvação eterna.
Agora vamos a uma passagem nas Epístolas.
Vamos a Romanos.
Nas Epístolas nós temos várias e várias passagens.
Não podemos abordar todas.
Romanos capítulo 6 é uma das mais conhecidas, talvez.
E nem essa temos tempo para abordar em todos os detalhes.
Romanos 6, eu vou ler os versículos 1 até 5.
Assim andemos nós também em novidade de vida.
Porque se formos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte,
também o seremos na da sua ressurreição.
Esses poucos versículos ali, eles nos falam de certa forma
mais daquele aspecto da identificação com Cristo
e a quais áreas isso se refere.
Primeiro temos que fazer várias perguntas.
A pessoa a ser batizada é uma pessoa salva?
Essa pergunta, segundo as Escrituras,
deve receber uma resposta afirmativa.
Do contrário, a pessoa que batiza aquele outro,
que porventura não seja salvo,
ela está tomando sobre si uma enorme responsabilidade.
Por quê? Porque estaria colocando uma pessoa incrédula
dentro do âmbito cristão, como aprendemos antes.
E com isso numa posição de uma responsabilidade
ainda maior diante de Deus.
Muito bem. Então, como aprendemos em Marcos 16 também,
a pessoa precisa ser salva.
Segunda pergunta, a pessoa que gostaria de ser batizada
tem que se fazer a si mesma?
E podemos nós fazer também aquela pessoa?
Você está pronto para seguir o Senhor Jesus
na prática da vida diária com todas as consequências que isso embute?
Você tem consciência que você vai seguir a um Cristo rejeitado?
E, portanto, você também será rejeitado?
Isso se manifesta de diversas maneiras.
Talvez em um lugar menos, em outro mais.
Mas, a princípio, as consequências
que a vida do Senhor Jesus trouxe a ele neste mundo,
nós também estamos sujeitos.
Até mesmo, em alguns países, isso leva cristãos à morte.
Então, para sermos batizados,
não basta simplesmente de ser convertido.
É o primordial.
A pessoa precisa ser salva.
Mas ela também, se ela faz isso de forma consciente,
tem que ter consciência
de que eu estou pronto para seguir aquele Jesus
que me amou tanto,
ao ponto de dar a sua própria vida por mim.
Essa firme decisão de seguir após ele,
vivendo e não querer viver neste mundo,
como o mundo continuar assim,
simplesmente descansando no fato
de ser salvo e não ir para o inferno mais.
Então, tanto faz como eu vou viver aqui.
Você é salvo no fim de todo jeito.
É verdade, mas como pelo fogo,
como dizem em 1 Coríntios.
Não é isso que o Senhor quer de um salvo.
Ele quer uma vida como discípulo de fato,
como um aluno dele, um seguidor dele.
E agora, uma coisa importante.
Nós vemos, geralmente, que o batismo acontece,
pelo menos na Bíblia,
mais ou menos logo depois da conversão.
Não se passam anos,
não é feito um curso de batismo antes,
nem de alguns meses ou de algumas semanas.
Não, fulano quer ser batizado,
bom, então vamos discipular ele agora
para ele aprender o batismo.
É bom isso, mas a Bíblia não diz que é necessário.
Por quê? Porque a pessoa,
ela precisa ter essa disposição
a seguir esse Cristo rejeitado.
Tem que ter essa consciência,
mas a aprovação nesse caminho,
ela vem posteriormente.
Ela não precisa ser aprovada nisso
para ser batizado.
Um exemplo é o próprio apóstolo Paulo,
que escreve essas palavras aqui em Romanos, capítulo 6.
Ele foi batizado,
mas a sinceridade do seu desejo
ele comprovou depois,
durante a sua vida, durante a sua caminhada.
Consequências do batismo, então,
podem ser tanto a rejeição
como também a oposição,
de alguma maneira, por parte do mundo.
Mas, por outro lado,
o caminho após o Senhor Jesus
com certeza é um caminho de alegria
e de gozo,
porque estamos seguindo, sim,
ao rejeitado,
mas esse rejeitado é o vencedor do Balgotá,
que tem vencido o mundo,
Satanás e a morte.
E ali, esses versículos,
eles nos falam,
versículo 3,
não sabeis que todos quantos
fomos batizados em Jesus Cristo,
fomos batizados na sua morte.
E, de novo, versículo 4,
também, na morte, etc.
Essas expressões
em e na,
em Jesus Cristo,
na sua morte,
no original,
é uma palavra que poderia ser traduzida também
como para.
É uma preposição
que indica uma direção.
Nós somos batizados
com vistas a Jesus Cristo,
nos identificando com Jesus Cristo.
Nós somos batizados
para a morte de Cristo,
com vistas a essa morte
que ele sofreu
por mim, por nós.
E aí aprendemos em outras passagens
que agora estamos, de fato, em Cristo.
Então, por estarmos em Cristo,
também morremos juntamente com ele.
É como se nós estivéssemos morrido.
Mas aqui,
o pensamento é mais,
eu me identifico com Jesus Cristo,
com o rejeitado Jesus,
que agora é Cristo,
é glorificado no céu.
Com vistas a essa pessoa,
eu me batizo,
eu quero seguir a ele.
E com vistas a morte dele,
reconhecendo que essa morte dele
era absolutamente necessária
e que eu também me identifico
com essa morte dele,
como se eu tivesse morrido
juntamente com ele ali.
E aí, no versículo 4,
ele nos diz, de sorte,
que fomos sepultados com ele
pelo batismo na morte.
Então, essa figura exterior do batismo,
é como se estivéssemos confessando,
morremos com Cristo,
entramos na morte com ele.
E como Cristo foi ressuscitado
dentre os mortos pela glória do Pai,
assim andemos nós também
em novidade de vida.
Segue-se um andar,
um caminhar, como cantamos no hino,
seguir após Jesus Cristo agora
nesta caminhada de cristão
aqui na Terra.
E no meio do morrer e do caminhar,
obviamente tem a ressurreição com ele,
isso é tema da Epístola aos Colossenses,
por exemplo.
O apóstolo Paulo aqui em Romanos
não aborda isso no versículo 4 do capítulo 6,
mas é óbvio que quando alguém morre
e depois anda,
ele tem que ter ressuscitado,
porque o morto não anda.
Então, aquele que morreu ali,
ele não anda mais.
Portanto, para andarmos em novidade de vida,
ressuscitou um novo homem.
Então, no batismo,
também confessamos isso.
Nós morremos com Cristo,
nosso velho homem,
a nossa velha natureza morreu com ele
e agora deve ficar na morte.
Por isso em Colossenses diz
que devemos mortificar não o nosso corpo,
mas sim os membros.
Aquilo que dele sai como brotos ainda,
mas esse corpo mesmo,
ele está morto.
O versículo 2 também diz
nós que estamos mortos para o pecado.
É um fato consumado,
não é um processo que se dá.
A mortificação dos membros, sim,
então uma vez mortos,
confessamos também agora,
no batismo,
que somos pessoas novas,
que recebemos uma nova vida,
uma nova natureza.
E como disse lá no início,
não por meio do ato do batismo,
mas ele é apenas um símbolo
daquilo que já aconteceu anteriormente
comigo e com você.
E porque agora somos pessoas novas,
temos uma nova natureza,
a mesma natureza de Cristo
que a natureza de Deus,
podemos também andar em novidade de vida.
Ele que nos capacita para isso.
Agora vamos ainda a Epístola aos Gálatas,
Gálatas capítulo 3,
e aí apenas dois versículos,
versículos 26 e 27,
Gálatas 3, 26 e 27.
Porque todos sois filhos de Deus
pela fé em Cristo Jesus.
Porque todos quantos fostes batizados em Cristo
já vos revestiste de Cristo.
Agora entra um outro aspecto.
Nós já falamos do discípulo,
do aluno, do seguidor,
do cristão que espelha Cristo,
que é caracterizado por Cristo,
e é isso que nós vemos
nesses dois versículos.
O primeiro, o 26,
ele nos mostra de novo
todos sois filhos de Deus
pela fé em Cristo Jesus,
não por qualquer outra coisa que seja.
Então para sermos filhos de Deus,
a fé é necessária.
Agora, você e eu,
sendo filhos de Deus,
estamos nessa nova posição,
aí tem aqueles dentre os filhos de Deus
que foram batizados,
porque todos quantos fostes batizados em Cristo,
com vistas a Cristo,
identificando-nos com Cristo,
já vos revestiste de Cristo.
Isso agora é um fato para a pessoa batizada.
Ela se revestiu de Cristo.
Ela não está se revestindo,
ela revestiu.
E o termo utilizado aqui
é igualzinho àquele que temos em português,
revestir, que significa
colocar uma nova roupa por fora.
Aqui não se trata agora do interior,
mas sim aquilo que já aconteceu conosco
sendo filhos de Deus
e a decisão de seguir após Cristo,
de sermos batizados em Cristo,
essa nos coloca na posição
de termos agora,
saindo do batismo,
colocado uma nova roupa exterior,
que é Cristo.
É como se o Peter,
muitas vezes usa essa expressão
de vestir a camisa.
Ele dá muitas vezes esses exemplos.
Vestir a camisa de um time,
também a gente conhece.
Tem alguns que vistem tanto
que até a camisa de Cristo some um pouco.
Mas é igualzinho.
Aquele que é fã do, sei lá, Palmeiras,
ele veste a camisa dele
para mostrar isso para fora.
Mas será que também
não temos vergonha de vestir
a camisa que se chama Cristo
para mostrar para todo mundo
que somos dele?
O batismo nos coloca nessa posição,
nessa responsabilidade.
Galatas 3, 27.
Agora ainda Colossenses capítulo 2
e já estou me desculpando
que vou passar um pouquinho da hora
porque falta um pouquinho ainda da prática
e não quero deixar isso de lado e fora,
se vocês concordarem.
E me dão mais uns 5 a 10 minutos.
Versículos 11 a 12.
No qual também está
e circuncidados com a circuncisão
não feita por mão do despojo do corpo
dos pecados da carne,
a circuncisão de Cristo,
sepultados com ele no batismo,
nele também ressuscitastes
pela fé no poder de Deus
e o ressuscitou dentre os mortos.
Lembramos que Romanos nos falava
de andar em novidade de vida.
E já falamos ali
que é preciso então
que aquele morto ressuscite
e Colossenses 2 nos fala disso.
Romanos 6 nos mostrou
que já estamos mortos
para o pecado
e aqui Colossenses 2
nos mostra também
nos versículos 8 e 20 por exemplo
que além de mortos para o pecado
somos também, estamos mortos
para o mundo,
para aquele âmbito que nos rodeia
e não estamos mais fazendo parte
desse mesmo mundo.
Embora estamos no mundo
não somos mais do mundo
e o mundo se mostra
em vários âmbitos,
no âmbito moral, político,
cultural, religioso.
Em todos esses âmbitos
não fazemos mais parte do mundo.
Temos aquela camisa de Cristo
que é diferente.
A camisa de Cristo
não é uma camisa de time,
não é camisa de partido político,
não é uma camisa de cultura indígena,
não é uma camisa de tal religião
aqui no mundo,
não, é a camisa de Cristo.
Não é tudo aquilo que é mundo
e essas influências
e essas áreas do mundo
que querem exercer sobre nós
elas não são compatíveis
com o caminho após o Senhor Jesus.
E aqui nós lemos
do sepultamento, versículo 12.
Sepultamento ainda vai mais longe
que simplesmente ter morrido
porque o morto poderia estar visível
em algum lugar.
O sepultado você não vê mais.
O sepultado está embaixo da terra,
pode estar crescendo grama,
pode estar difícil por cima,
você não vê ele mais.
E assim deveria ser
com aquele discípulo
que agora segue após Cristo.
E agora para a prática
em Atos capítulo 2.
No livro de Atos temos várias passagens
que nos falam de batismos
que aconteceram na prática.
Atos capítulo 2,
versículos 38 a seguir.
Eles ouviram ali a pregação de Pedro
e Pedro diz
E cada um de vós seja batizado
em nome de Jesus Cristo
para perdão dos pecados
e recebereis o dom do Espírito Santo.
Versículo 40.
Com muitas outras palavras
isso testificava e os exortava
dizendo salvai-vos desta geração perversa
de sorte que foram batizados
os que de bom grado
receberam a sua palavra
e naquele dia agregaram-se
quase três mil almas.
Temos aqui uma situação de judeus
se convertendo ao Senhor Jesus
e por isso fala no versículo 38
do perdão dos pecados
porque de forma bem breve
o judeu ele precisa
necessariamente reconhecer
Jesus Cristo explicitamente
como seu salvador.
Ele não pode deixar isso de lado de fora.
Então para o judeu
administrativamente da parte de Deus
receber o perdão de pecados
para este mundo
ele precisa ser batizado.
Um judeu que não se deixa batizar
de forma administrativa
ele não tem perdão dos pecados
aqui no mundo.
Porque ele já tinha uma relação
com o Deus verdadeiro.
Ele precisa necessariamente
reconhecer esse Deus verdadeiro.
Ele mandou o seu filho
que antes eu não reconhecia
ele mandou esse seu filho
que nós rejeitamos
tudo aquilo que Isaías 53 nos diz
para eu poder ser salvo.
Ele tem que se colocar
publicamente e conscientemente
ao lado do rejeitado
Jesus de Nazaré.
Mas é fato que depois aqui
eles então foram batizados
versículo 41
aqueles que receberam a sua palavra.
Então de novo a palavra
e a palavra junto com o Espírito Santo
é o que gera a vida
e as que tiveram então vida
foram batizados.
Também já vimos de diversas formas
agora falamos do batismo
dentro da água
isso apenas de forma rápida
é de fato por imersão
porque senão o simbolismo
onde que ele fica?
De morrer, de ser sepultado
e ressuscitar.
E até mesmo a palavra em si
batizar tem esse significado
no original de imergir alguma coisa
em algum líquido.
Daí depois temos em Atos capítulo 8
aqueles samaritanos
que também foram batizados
capítulo 16
mencionando rapidamente
o carcereiro de Filipe
em Atos 16
versículos 33 a 34
onde nós lemos assim
e tomando-os ele consigo
naquela mesma hora da noite
lavou-lhes os vergões
e logo foi batizado ele o Deus
e levando-os a sua casa
lhes pôs a mesa
e na sua crença em Deus
alegrou-se com toda a sua casa.
E aqui nós vemos claramente
que a salvação
e aqui se tratava de um pagão
não de um judeu
não era necessário
abertamente isso
mas a fé no Senhor Jesus
era necessária para a salvação
versículo 31
Crei no Senhor Jesus Cristo
e serás salvo tu e a tua casa.
Obviamente segundo tudo o que nós vimos
cada um, cada indivíduo
da casa desse carcereiro
tinha que crer pessoalmente
e aparentemente o fizeram também
por isso todos foram batizados.
E aqui nós vemos
que o batismo não necessariamente
era dos irmãos
é bonito quando fazermos isso?
Sim, e eu creio que é adequado também
de fazermos isso
e ter os irmãos juntos
afinal é uma alegria para todos.
Nós nos vemos aqui
ele se converteu e foi batizado
provavelmente na própria piscina dele
dentro da vila dele, da casa dele
casas romanas tinham muitas vezes
banheiras bastante grandes
que dava para fazer isso.
E uma última passagem ainda
no capítulo 22
é uma passagem que
apenas vou mencionar
para ser mais completo
e nós temos o apóstolo Paulo
que está falando a respeito de si mesmo
contando a sua história de conversão
Atos 22, 16
E agora, por que te detens?
Levanta-te, batiza-te
e lava os teus pecados
invocando o nome do Senhor.
É um versículo que também
às vezes é utilizado para justificar
que por meio do batismo
vem perdão dos pecados
e tirar os pecados
mas não é isso que esse versículo diz
tudo tem que se encaixar
na palavra de Deus
e como temos visto agora
uma imagem mais completa
essa interpretação seria uma
interpretação que não se encaixa no todo
então o que Paulo está dizendo aqui
simplesmente o que foi dito a Paulo
ele como perseguidor da igreja
como um exponente da nação judaica
ele tinha que se batizar
para de fato publicamente
também se colocar ao lado
e aí também
diante de todos
se tornaria visível
que esse homem agora era outro homem
que os seus pecados
até mesmo aqueles pecados
contra a igreja
contra o corpo do Senhor Jesus
e assim contra o próprio Senhor Jesus
eram lavados
que ele agora estava puro
e aí a invocação do nome do Senhor
esse é um privilégio
que todos os salvos têm
então resumindo
por meio desse
por meio dele
somos feitos discípulos
alunos, seguidores do Senhor Jesus
por meio do batismo
nós nos identificamos com a pessoa de Cristo
e Jesus Cristo
por meio do batismo
nós nos identificamos com a morte dele
como tendo acontecido
por mim e por você
no batismo fomos sepultados
o nosso velho homem ficou na morte
sumiu e o novo homem ressuscitou
e agora é capaz
de ter novidade de vida
aqui nesta terra
isso implica em que também
demonstrar isso para fora
tendo-nos revestido de Cristo
como com uma camisa nova
e na prática isto acontece
por meio de um batismo
nas águas de imersão
que exemplifica justamente
o entrar na morte
de ficar sepultado
e de ressuscitar
para andar em novidade de vida
Podemos cantar o hino 402
e pegar o sono
porque um faz ser mal
pego a tua graça
eu o teu amor
e em um do teu lado
somos Teu Senhor …